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“De Portas Abertas com a Rede” promove roda de conversa sobre ciclo de violência

Evento na Casa da Mulher Brasileira. A Vara Central de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher realizou, nesta terça-feira (30), o terceiro encontro do projeto “De Portas Abertas com a Rede”. Conduzido pela juíza Joanna Palmieri Abdallah, reuniu mulheres em situação de violência doméstica com medidas protetivas concedidas e profissionais de assistência social e psicologia na Casa da Mulher Brasileira. O tema do encontro foi o ciclo de violência e como identificá-lo. A equipe multidisciplinar enfatizou o padrão que se repete ao longo do relacionamento, com alternância entre agressões físicas (fase aguda), pedidos de desculpas, carinhos e comportamentos para retomar a relação (fase da lua de mel). Após a relação ser restabelecida, as violências se iniciam novamente (fase da tensão), rumo a mais um ciclo de agressões físicas (fase aguda), que pode levar ao feminicídio (morte da mulher). Em seguida, a juíza Joanna Palmieri Abdallah reforçou que a Lei Maria da Penha tem dispositivos legais para a proteção da mulher, como as medidas protetivas de urgência. “O registro da ocorrência pode ser realizado no site da Delegacia Eletrônica, evitando a necessidade de deslocamento. Medidas como o afastamento do lar são fundamentais para interromper o ciclo de violência e oferecer suporte às vítimas, possibilitando que elas reconstruam suas vidas em um ambiente seguro”, destacou. Sobre o projeto “De portas Abertas com a Rede” é um espaço de diálogo e acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar quepossibilita a troca de experiências, inserção na rede de proteção e identificação da relação entre questões de gênero e situações de violência. Além das rodas de conversa, o projeto atua na prestação de orientações jurídicas e no encaminhamento às instituições, como Defensoria Pública, delegacias especializadas e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). As reuniões ocorrem mensalmente na Casa da Mulher Brasileira, com possibilidade de participação virtual.
Fonte:
TJ São Paulo
30/04/2024 (00:00)
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